Nesta sexta-feira (28), a Polícia Federal e o Ibama encerraram a Operação Carrancas, realizada entre os dias 24 e 28 de fevereiro, com o objetivo de fiscalizar as margens do Rio São Francisco e combater crimes ambientais, especialmente a pesca ilegal durante o período de defeso.
Durante a operação, foram apreendidos e destruídos cerca de 1.000 covos irregulares, equipamentos utilizados para capturar pitu, mas que também retêm outras espécies, como traíra, tilápia, tucunaré e siri. Além disso, aproximadamente 5.000 pitus foram resgatados e devolvidos ao rio.
Os apetrechos apreendidos estavam em desacordo com as normas ambientais. O uso desses equipamentos inadequados compromete a biodiversidade, altera a cadeia alimentar do rio e reduz os estoques naturais, ameaçando a sustentabilidade da pesca na região.
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No curso do Rio São Francisco em Sergipe, o período de defeso ocorre anualmente de 1º de novembro a 28 de fevereiro, restringindo a pesca de algumas espécies e crustáceos nativos, como curimatá-pioa, dourado, pacamã, piaba e caranguejo-uçá, para garantir a reprodução e sustentabilidade dos estoques pesqueiros. Além disso, o pitu (Macrobrachium carcinus) está proibido de captura e comercialização por tempo indeterminado, devido ao risco de extinção da espécie. Dessa forma, sua pesca é vedada independentemente do período de defeso, visando à preservação da fauna aquática e ao equilíbrio ecológico da região.
A Operação Carrancas reforça a importância da fiscalização contínua para coibir práticas predatórias e incentivar métodos de pesca mais responsáveis e a Polícia Federal intensificará as ações ao longo do Rio São Francisco.
Denúncias de crimes ambientais podem ser feitas anonimamente através da canal Comunica PF, disponibilizado no site da Polícia Federal.