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Novo Papa não é escolhido em primeira votação do conclave; veja quando será próxima rodada

Por Juliana Gois - DRT 2282-SE em 07/05/2025 às 20:03:04

Às 16h (horário de Brasília), pela primeira vez, a fumaça preta saiu pela chaminé da Capela Sistina, anunciando que os 133 cardeais ainda não chegaram a um consenso sobre o sucessor do Papa Francisco no conclave desta quarta-feira. A partir de quinta-feira, o ritmo segue um padrão estabelecido: são quatro votações por dia, duas pela manhã e duas à tarde. No entanto, só há previsão de uma fumaça por turno de votação, podendo aparecer às 5h30 ou 7h e 12h30 ou 14h. Caso a definição do novo Pontífice não seja feita em três dias, a votação é suspensa para um dia de oração.

No conclave, os cardeais recebem cédulas retangulares com a frase "Eligo in Summum Pontificem" ("Elejo como Sumo Pontífice") na parte superior, com um espaço em branco logo abaixo para que eles escrevam o nome de seus candidatos à mão, "com a caligrafia mais irreconhecível possível". Em tese, é proibido votar no próprio nome.

Cada cardeal se dirige por turnos ao altar, segurando sua cédula no ar para que seja bem visível, e pronuncia em voz alta o seguinte juramento em latim: "Ponho por testemunha a Cristo Senhor, que me julgará, de que dou meu voto a quem, na presença de Deus, acredito que deve ser eleito." Eles depositam suas cédulas em um prato e as deslizam na urna diante dos escrutinadores. Depois, voltam para suas cadeiras.

O Polymarket, uma das principais plataformas de apostas e previsões do mundo, apontou o cardeal italiano Pietro Parolin como o favorito para suceder Francisco. Às 13h30 da última segunda-feira, o Polymarket apontava 30% de chance de Parolin ser o próximo Papa; 19% para o filipino Luis Antonio Tagle; 11% para o italiano Matteo Zuppi; 9% para o também italiano Pierbattista Pizzaballa e 8% para o ganês Peter Turkson.

As eleições de Bento XVI e Francisco levaram dois dias. A maioria dos cardeais estima um máximo de três; os mais pessimistas, cinco.

Como a fumaça fica branca ou preta?

Durante décadas, o modo como essas cores são adicionadas à fumaça permaneceu um mistério. O Vaticano revelou seu segredo em 2013, por ocasião do conclave que elegeu o Papa Francisco. Em comunicado, explicou que ambas as receitas são fórmulas pirotécnicas bastante comuns.

As fumaças são geradas pela queima das cédulas eleitorais em um fogareiro especial na Capela Sistina. Para evitar dúvidas, naftalina e lactose são adicionados para gerar, respectivamente, a fumaça preta e a branca. Desde 2005, um sistema garante que as cores sejam nítidas — e que os fiéis não precisem mais interpretar a fumaça à distância, como acontecia no passado.

A fumaça branca combina clorato de potássio, açúcar de leite (que serve como um combustível facilmente inflamável) e breu de pinho. Já a fumaça preta usa perclorato de potássio e antraceno (um componente do alcatrão de carvão), com enxofre como combustível. O clorato e o perclorato de potássio são compostos relacionados, mas o perclorato é preferido em algumas formulações por ser mais estável e seguro.

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