No dia 18 de fevereiro, Edir Macedo, dono da Record e da Igreja Universal, chega aos 80 anos. Pastor e empresário, Macedo acumula uma fortuna avaliada em R$ 2 bilhões — valor que o coloca na lista das personalidades mais ricas do Brasil e no primeiro lugar entre pastores ricaços. Saiba mais sobre a trajetória do bilionário.
Natural de Rio das Flores, Rio de Janeiro, e nascido em uma família católica, Macedo se converteu ao protestantismo aos 19 anos. Sua fundação da Igreja Universal, em 1977, ao lado de Romildo Ribeiro Soares (77), foi o ponto de partida para o que se tornaria um dos maiores fenômenos religiosos do Brasil.
A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) expandiu rapidamente nas décadas seguintes, firmando-se como uma das principais forças do movimento neopentecostal no país, com templos espalhados por diversas partes do Brasil e pelo mundo.
O Grupo Record, adquirido por Macedo em 1989, é outro grande marco de sua trajetória. Sob sua direção, a emissora se consolidou como a segunda maior do Brasil, além de se tornar um império midiático, com um vasto portfólio que inclui rádios e plataformas digitais. Macedo também é o proprietário de diversos outros negócios que compõem o conglomerado, o que lhe assegura uma posição de destaque no meio empresarial brasileiro.
MEGA FORTUNA
De acordo com a revista Forbes, Edir Macedo é o líder religioso mais rico do Brasil, com uma fortuna estimada em R$ 2 bilhões. Ele ocupa o topo da lista de pastores milionários do país, seguido por outros nomes como Valdemiro Santiago (61), Silas Malafaia (66) e R. R. Soares, cujos patrimônios variam de R$ 250 milhões a R$ 400 milhões.
Embora a maior parte de sua riqueza venha da propriedade da Record, Macedo afirma que os lucros da emissora não lhe pertencem diretamente, sendo reinvestidos em sua estrutura e operação. Além da Record, ele possui bens pessoais de luxo, como um jato particular estimado em R$ 90 milhões.
INVESTIGAÇÕES
A carreira de Edir Macedo é marcada por investigações policiais e polêmicas. Em 1992, ele foi detido sob acusações de charlatanismo e estelionato, mas foi liberto após 11 dias e as acusações foram arquivadas devido à falta de provas.
Em 2009, novos casos surgiram, envolvendo lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, mas mais uma vez ele não foi condenado. Já em 2011, o pastor se viu envolvido em mais acusações, agora relacionadas à evasão de divisas e crimes financeiros, mas esses processos também não resultaram em condenações.